China demite o ministro dos Negócios Estrangeiros Qin Gang após um mês de desaparecimentos

Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gangnão aparece em público nem dá sinais de vida há quase um mês. Esta terça-feira, após semanas de rumores e especulações, o governo de Xi Jinping decidiu demiti-lo sem dar mais explicações. Qin será substituído pelo seu antecessor, Wang Yi, como noticiou a China Central Television (CCTV).

Visto pela última vez Qin, um dos rostos da nova geração de diplomatas conhecidos como “lobos guerreiros” devido ao seu estilo agressivo, foi no passado dia 25 de junho, quando se reuniu em Pequim com responsáveis do Sri Lanka, da Rússia e do Vietname. Nessa altura, reuniu-se também com com o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinkennuma altura em que ambas as partes tentavam restabelecer os canais de comunicação para evitar mais conflitos após a fricção dos últimos meses.

Desde então, tem estado ausente de de vários eventos diplomáticosincluindo a reunião da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) na Indonésia, à qual faltou – oficialmente – “por motivos de saúde”. Este desaparecimento levantou dúvidas sobre o paradeiro e o paradeiro do Ministro dos Negócios Estrangeiros da China. Houve mesmo quem se atrevesse a afirmar que Qin está a última vítima da purga política que o presidente chinês e secretário-geral do Partido Comunista chinês está a levar a cabo desde que renovou o seu mandato no início do ano.

(Onde está Qin Qang? O Ministro dos Negócios Estrangeiros da China está desaparecido há três semanas).

Foi durante uma reunião invulgar do Comité Permanente do Congresso Nacional do Povo (CNP, o poder legislativo) que foi acordada a demissão de Qin e o regresso de Wang, de acordo com a agência noticiosa estatal chinesa Xinhua. Além disso, o presidente do país tinha anteriormente assinado uma ordem para dar efeito à decisão, acrescenta a agência num comunicado divulgado pela Efe.

Desta forma, o Ministério dos Negócios Estrangeiros voltará para as mãos de Wang, de 69 anos, que deixou o cargo a 31 de dezembro após uma década no cargo. O político chinês, que participou em várias reuniões durante o último mês, faz parte do grupo de Politburo (a direção do partido era composta por 24 pessoas) e foi promovido em outubro último a chefe do Gabinete da Comissão dos Negócios Estrangeiros do Partido, o que faz dele o diplomata mais graduado da China.

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