Tem o melhor dos super-heróis e o estilo de Borderlands. Depois de ver a jogabilidade de Dustborn, não tenho dúvidas de que será um dos jogos mais especiais de 2024 – Dustborn.

Há pouco tempo estive nos escritórios da Quantic Dream para testar uma série de jogos como Lysfanga, um hack & slash muito particular de que já vos falei, ou Under the Waves, um jogo de sobrevivência narrativo com muitos pormenores interessantes. No entanto, hoje quero continuar a falar sobre esta série de títulos que o estúdio de David Cage decidiu lançar, e agora é a vez de Dustborn.

Já posso dizer que esta aventura narrativa é muito mais do que isso e, ao quebrar algumas das regras do género, conseguiu entrar na proposta do momento. Isto deve-se ao facto de eu ter conseguido ver uma jogabilidade A jogabilidade era bastante elaborada e mostrava a aposta inovadora que esta aventura desenvolvida pela Red Thread Games estava a tentar ser. Com muito mais ação do que o habitual no género, um estilo artístico muito caraterístico e, o que mais gostei, um humor ácido e nada contido, conquistou-me. Vou contar-vos todos os pormenores.

Sem medo do sucesso

Sempre fui um fã de aventuras narrativas, aquelas histórias em que temos de nos sentar e desfrutar de um bom enredo, enquanto fazemos escolhas e vemos os frutos das nossas más acções. É como aqueles livros “Choose Your Own Adventure” que eram tão populares há alguns anos. The Wolf Among Us, Detroit: Become Human, Beyond Two Souls, Until Dawn… seriam alguns dos muitos exemplos. No entanto, o que é que acontece quando também te encontras num combate em tempo real armado com um taco de basebol? E quando não acreditas no que vês?

Dustborn é como se The Boys e todos esses jogos tivessem decidido fundir-se para dar origem a uma aventura que já desde o primeiro momento se destaca por ter um grande encenação. Sim, o seu estilo pode fazer-me lembrar Borderlands, ou mesmo OlliOlli World, mas leva-o até ao fim com muitos pormenores. Por exemplo, esta história ser-nos-á apresentada em formato de banda desenhadaou seja, utilizará muitos recursos do meio, como sanduíches, anotações, onomatopeias, etc. Não tem medo de quebrar barreiras e isso é demonstrado não só na sua aparência, mas também através de um grande número de outros elementos, como o diálogo. Os primeiros minutos que vi foram uma conversa entre as personagens principais que deixa perfeitamente claro qual vai ser o tom da história: ácido e caótico.

Uma versão alternativa e futurista dos Estados Unidos.

Entramos na pele de Pax, uma vigarista capaz de usar as palavras, literalmente, como uma arma. Ela não está sozinha, claro, e decidiu levar a cabo uma missão que a obriga a atravessar um Versão americana A sua viagem de carro é uma alternativa, com as mais espectaculares paisagens, mas também com uma boa dose de percalços. Além disso, ela e o seu grupo de amigos decidiram fazer-se passar por um grupo musical. E não, não se trata apenas de um simples cover, há alturas em que vamos ter de ensaiar e ir até ao fim. tocar músicas canções muito variadas como se estivéssemos a jogar Guitar Hero.

O interessante de tudo isto não é apenas a variedade oferecida por um jogo que a priori parecia apenas narrativo, mas também o facto de todas as personagens enriquecerem ao máximo a experiência graças às suas personalidades muito variadas, marcadas e levadas ao extremo. Lembro-me de uma cena numa oficina com um robô que foi muito engraçada, porque, claro, também vamos poder explorar diferentes lugares e, com isso, vamos encontrar muitas situações malucas. Não me refiro apenas à possibilidade de lançar explosivos pelo ar, que também é possível, mas a coisas tão inesperadas como ter de ajudar uma mulher que ficou presa debaixo de um autocarro.

Este grupo em particular parece ser perseguido pelo infortúnio, considerando todas as coisas, e quase sem saber como, vamos envolver-nos. em lutas Temos a opção de lutar com o bastão, mas também de usar os nossos próprios poderes ou mesmo os dos nossos aliados. Temos a opção de nos batermos uns aos outros com o bastão, mas também de usarmos os nossos próprios poderes ou mesmo os dos nossos aliados – lembram-se das lutas bizarras em Kick-Ass? Tenho a sensação de que estamos a enfrentar o mesmo, no melhor sentido da palavra. Não tenho dúvidas, depois de ver todo o conteúdo, que a diversão está presente em todos os momentos. É de notar que os combates não são quick-time events como pode parecer. Estou a falar de combate na terceira pessoa, em tempo real, em que temos de ativar habilidades, carregar no botão de ação para bater, fazer ataques espectaculares e por aí fora. Foi exatamente isto que me chamou a atenção, porque desde a construção do jogo em si, nada me fez pensar que fosse ser assim.

Por outro lado, embora não tenha podido aprofundar muito o assunto, percebi que os nossos poderes podem ser desenvolvidos. No caso de Pax, consistiria em criar novas palavras. Ah, e esqueci-me de mencionar a melhor parte: a protagonista está grávida de quatro meses, o que torna ainda mais surreal vê-la numa mota a fazer todo o tipo de acrobacias e loucuras.

Felizmente para ela, não vai estar sempre a dar porrada em toda a gente, e o jogo também dá importância à diálogo e decisões. Também não pude aprofundar muito este aspeto, mas sei que podem ser feitas acções para tentar manipular as pessoas com quem falamos ou mesmo intimidá-las, se acharmos que queremos ir por esse caminho. A ação passa-se em 2030 e há uma mais-valia, para além do elemento de mistura cibernética com um estilo visual gráfico, que é o facto de se tratar de um jogo que capta muitos valores sociais actuais e os representa de uma forma simples.

Data de lançamento de Dustborn

Embora ainda não exista uma data de lançamento concreta, sabemos que Dustborn chegará em 2024 para PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X/S, Xbox One e PC. Depois de jogar a versão completa, não tenho dúvidas de que este é um dos jogos mais criativos do próximo ano. Tem aquela sensação de Hi-Fi Rush de fundir conceitos e apresentá-los num pacote elegante que tende a apelar ao público. Para mim, pessoalmente, foi o que aconteceu.

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